Uma saída para a cura da dependência
Infelizmente, na realidade em que vivemos hoje, as drogas fazem parte da vida de muitas pessoas. Isso afeta não somente o próprio dependente, mas também a sua família, e pode acontecer em qualquer lar, independente da classe social. No entanto, em função do grande poder que essas substâncias psicoativas têm, em alguns casos o dependente químico não sabe diferenciar o que é ou não realidade. Logo, nessa situação, os familiares precisam recorrer ao que chamamos de internamento involuntário e internamento compulsório.
O primeiro caso se refere ao dependente que não aceita, por vontade própria, a internação. Por isso, a solicitação do internamento forçado de usuários de drogas precisa ser realizada por escrito e aceita pelo psiquiatra. Como não há o consentimento do paciente, normalmente quem faz o pedido é a família, mas também pode vir de outras fontes. É importante ressaltar que esse tipo de internação exige que o estabelecimento informe ao Ministério Público o porquê dela, a fim de prevenir uma possível utilização de cárcere privado.
Já a segunda situação não torna necessária uma autorização vinda da família. Quem determina o internamento compulsório de dependente químico é sempre o juiz responsável, mediante pedido formal do psiquiatra. Nele, deve constar que o usuário não é capaz de responder pela sua condição física e psicológica. A partir daí, o juiz irá analisar o laudo e avaliar as reais condições do estabelecimento, no que se refere à segurança do dependente, dos outros internos e dos funcionários.
Ambas as internações têm a mesma intenção: ajudar o dependente a se livrar do vício, a melhorar de vida e a voltar ao convívio normal com a sociedade. Geralmente, os estabelecimentos que possuem estrutura para receber o internamento compulsivo também são aptos para fazer a internação involuntária. Todavia, é importante entender que nem todos os usuários precisam de internação, mas, em alguns casos, essa se torna a única opção possível para salvá-lo de uma situação sem volta.
Através desse tipo de intervenção, o viciado adquire chances reais de recuperar a saúde, tanto física quanto mental, e de se inserir novamente no âmbito familiar e social. O processo, assim como qualquer tratamento, é lento e pode haver recaídas. Por isso, a persistência, aqui, é ponto chave para vencer a dependência química.